Conheça um pouco da história e dos rituais desta sociedade secreta que, mesmo condenada a desaparecer, sobreviveu durante séculos e chegou até nossos dias
Texto • Redação
A Ordem do Templo foi oficializada pelo Vaticano em 1118, para proteger os peregrinos cristãos que iam da Europa a Jerusalém – além dos assaltos frequentes, muitas vezes eles eram mortos por malfeitores que ficavam à beira das estradas. A Ordem foi criada enquanto os cristãos dominavam Jerusalém. Posteriormente, com a retomada da cidade sagrada pelos muçulmanos, os templários passaram a fazer parte das Cruzadas e lutar por sua dominação.
Suas campanhas militares foram heróicas. O treinamento militar era rigoroso e os templários eram muito temidos pelos muçulmanos, pois, além de não recuarem em batalha, não se deixavam aprisionar. Paralelamente, seu crescimento econômico era impressionante: eles generalizaram a letra de câmbio e transformaram-se nos grandes banqueiros da Idade Média. Ao final do século 13, seu capital era muito grande. E, ao contrário de outros cavaleiros que gastavam suas riquezas no longo caminho de volta para casa e empobreciam, os templários sabiam poupar suas conquistas para futuros empreendimentos.
No dia 13 de outubro de 1307, Felipe, o Belo, pressionando o Papa Clemente V, acusou os templários de crimes contra a Igreja Católica. O objetivo do rei da França era destruir o poder e tomar a fortuna dos templários para salvar seu reino. As confissões arrancadas mediante compra ou tortura fizeram com que os cavaleiros fossem perseguidos e assassinados. Assim, Jacques DeMolay, líder da Ordem, foi queimado vivo em 18 de março de 1314, da mesma forma que muitos de seus seguidores. Nesse mesmo ano, o Papa Clemente V dissolveu a Ordem e confiscou todos os seus bens.
Atualmente, a Ordem dedica-se a manter viva a tradição templária por meio dos estudos históricos. Esses estudos levaram a historiadora Barbara Frale a descobrir nos arquivos secretos do Vaticano um pergaminho do Papa Clemente inocentando a Ordem de todas as suas acusações. Além dessas pesquisas históricas e da manutenção da tradição templária, os atuais segmentos da Ordem possuem, também, a tarefa da benemerência.
Segundo o próprio Vaticano, existem cerca de 400 segmentos neotemplários na atualidade. Não há nenhuma rivalidade entre eles, apenas diferenças de opiniões, símbolos e ritualísticas, ou seja, são segmentos independentes que simpatizam com o mesmo estudo. Porém, é importante deixar claro que nenhum desses segmentos pode afirmar que é a continuação da Ordem de origem. A partir do momento em que o Papa Clemente dissolveu a Ordem, ela deixou de existir.
Quando a Ordem foi dissolvida, os templários “espalharam-se” por diversas partes da Europa mantendo grupos clandestinos ou simplesmente incorporando-se a outras ordens de cavalaria (Hospitalários, Teutônicos, Calatrava, Montesa, Santiago ou a Ordem de Christo).
São pessoas que desejam estudar a história templária e têm afinidade com suas tradições. A OSMTHU aceita:
a) Em seu círculo interno, qualquer pessoa maior de idade, sem qualquer discriminação de raça ou sexo, que apresente comprovação (documentação) de que não possui nada que o desabone perante a sociedade e as leis brasileiras e que seja cristão. A Ordem do Templo é uma Ordem Cristã!
b) Em seu círculo externo, integrantes de qualquer religião, com a devida comprovação documental de que nada o desabona perante a sociedade brasileira.
A relação é lendária. Quando a Primeira Cruzada tomou Jerusalém, nove cavaleiros ganharam um lote de terra em cima dos escombros do antigo Templo de Salomão e montaram, lá, sua sede. Os cavaleiros templários, durante os nove anos que permaneceram ali, escavaram o local e, segundo a lenda, encontraram muitos documentos e tesouros, entre eles o Santo Graal e a Arca da Aliança. Segundo a história oficial, não há nenhuma prova concreta da existência desses objetos. Talvez por isso tantas lendas surgiram sobre a origem e o paradeiro das relíquias sagradas.
O cerimonial de iniciação na Ordem é parecido com o de recepção de um novo cavaleiro, utilizado na Idade Média. Como uma Ordem Cristã, a ritualística é baseada nos ensinamentos de Jesus Cristo. O livro mais utilizado pelos templários é a Bíblia.
Os objetivos dos diversos segmentos neo-templários da atualidade são bem parecidos com os do falecido Papa João Paulo II: colaborar com o crescimento espiritual da humanidade, disseminar a doutrina cristã e promover a expansão da Ordem pelo mundo.
Fonte: Triada.com.br